Capítulo 4

No outro dia, Barbara acordou cedo para pegar o ônibus que a levaria até a escola que trabalhava como professora. Sua noite de sono não foi das melhores, devido os últimos acontecimentos, mas mesmo sentindo um pouco de dores de cabeça e indisposição, ela arrumou as suas coisas e foi dá aulas.

Quando Henrique acordou, o relógio já marcava quase oito horas da manhã. Se espreguiçando relaxadamente sobre a cama, ele não conseguia tirar da mente a razão pela qual Barbara havia aceitado casar com ele. Várias alternativas rodeavam a sua mente, mas nenhuma era certeza concreta.

Henrique levantou-se determinado a procurar Barbara novamente e conversar com ela.

Ele sabia que ela trabalhava numa escola do interior pela manhã. Henrique tomou banho e arrumou-se elegantemente. Ele gostava sempre de expor a sua beleza e grandeza diante de todos. Vestindo seu terno Armani luxuoso, desceu para tomar o tomar o café da manhã e em seguida, seu motorista Carlos, o levou até a escola.

Chegando lá, estava no horário do recreio, Henrique ignorou friamente os cochichos e sorrisos das alunas que admiravam sua beleza enquanto seguia com passos firmes em direção à sala dos professores. Barbara estava lá, correndo freneticamente para pegar alguns papéis na impressora.

Henrique se aproximou lentamente, seus passos ecoando pelo corredor silencioso. Barbara sentiu seu coração acelerar, a surpresa ainda estampada em seu rosto quando viu o noivo se aproximando da sala dos educadores. Ela sabia que ele tinha muitas perguntas sem respostas, e agora estava prestes a enfrentar o homem cuja vida estava tão interligada com a dela.

Henrique segurou o olhar de Bárbara, as suas íris penetrando as profundezas dos olhos castanhos dela. A tensão era palpável no ar, mas ele decidiu quebrar o gelo primeiro ao chegar na porta da sala.

 -- Senhorita Bárbara, precisamos conversar, - disse ele com uma voz grave… ecoando na sala dos professores fazendo que todos parassem de conversar. Eles olhavam curiosos para Bárbara e Henrique Mancini e um silêncio opressivo se formou naquele momento.

Barbara ficou envergonhada, seu olhar encarava Henrique com descrença. Ela não esperava que ele aparecesse no seu trabalho. Ela não queria falar com ele, mas observando os olhares dos seus colegas de trabalho, sabia que se recusasse a teriam com uma arrogante .

-- Está bem, mas não posso demorar, tenho aula daqui a pouco.

Os dois saíram e os que ficaram na sala começaram a fofocar sobre eles.

-- O que veio fazer aqui? Esse é o meu local de trabalho, senhor Mancini.

Barbara não tinha gostado da visita inesperada.

-- Eu posso ir aonde quiser, senhorita Sousa. Mas o que me trouxe aqui é um assunto bem sério, vamos ao meu carro, lá conversaremos sem ninguém para atrapalhar.

Barbara concordou, afinal, não queria conversar com ele no seu lugar de trabalho.

Eles caminharam em silêncio até o carro de Henrique, que estava estacionado em frente à escola. O motorista os cumprimentou e abriu a porta para que eles entrassem.

Assim que entraram no carro, Henrique fechou a porta e olhou para Barbara com uma expressão séria.

-- Eu preciso saber o que está acontecendo, - disse ele. -- Por que você aceitou casar comigo? Qual é o seu jogo? O que esconde?

Barbara suspirou e olhou para fora da janela, evitando o olhar sombrio de Henrique.

-- Eu não tenho um 'jogo', disse ela. -- E também não estou escondendo nada, eu apenas... Estou aceitando a vontade dos meus pais..

Henrique se inclinou para frente, seus olhos penetrantes olhava o belo rosto da mulher ao seu lado.

-- Qual é o seu problema? perguntou ele. -- O que está acontecendo? Acha que sou burro o suficiente pra acreditar nessa sua história. Eu sei que existe alguma coisa. Você precisa me contar.

Barbara continuou olhando para fora do carro.

-- Eu... eu não estou escondendo nada, disse ela, sua voz quase um sussurro..

Henrique ficou irritado .

-- Qual é o seu preço? perguntou ele, sua voz baixa e urgente. Eu posso te dar muito dinheiro para sumir ou dizer ao meu pai que não quer esse casamento. Eu sei que é isso mesmo que você quer se casando comigo, então Vamos nos poupar dessas formalidades.

Henrique pega do seu lado, uma bolsa cheia de dinheiro.

Barbara olhou para ele, seus olhos castanhos brilhando de raiva.

-- Eu não sou esse tipo de mulher, disse ela. -- Barbara atinge Henrique com um forte tapa no rosto.

-- Infelizmente, nunca irá compreender que dinheiro não pode comprar tudo. Você é um grande miserável que só vive pelo dinheiro que tem. Existem coisas mais valiosas , sabia?

Henrique se inclinou para trás, seus olhos ainda fixos em Barbara. Ele tocou o rosto vermelho, ardendo pelo tapa.

-- Miserável? Questionou com voz irritada. -- Você deveria tomar cuidado como fala comigo, sua roceira. Eu não sou homem de ser afrontado desse jeito..

O semblante de Henrique estava sério e sombrio. Ninguém nunca havia encostado um dedo nele.

Barbara não se intimidou.

-- Eu não tenho medo de homens babacas como você. Só por que tem dinheiro, acha que podem tudo. Você é um ser desprezível.

Barbara abriu a porta do carro e saiu rapidamente. Henrique ficou observando enquanto ela entrava novamente na escola.

-- Ela é muito corajosa, -- resmungou baixinho, -- Mas se quer tanto esse casamento, então vamos nos casar. Eu vou fazer da sua vida um inferno. Vai se arrepender por ter me afrontado. Carlos, -- Gritou Henrique pelo motorista. -- Sim, senhor Henrique? -- Me leva para empresa.

Enquanto Henrique estava de caminho a cidade, Barbara estava no banheiro da escola enxugando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto depois da discussão com Henrique. Sua amiga Suiane, que também era professora, a aguardava preocupada na entrada da porta do banheiro feminino.

-- Amiga, o que aconteceu? Na sala de professores, não se fala em outra coisa a ser de você e um homem bonito e elegante com aparência de rico. É o homem que você mencionou ontem?

Barbara olhou para Suiane com olhar distante.

-- Eu estou perdida, Suiane. Eu não sei o que fazer.

Suiane abraça Barbara fortemente.

-- Oh, minha linda. Não fique triste. Tudo vai se resolver. Muitas coisas acontecem na nossa vida para servirem de aprendizado para nós e para os outros.

-- É verdade, você tem razão.. Eu nunca imaginei que estaria numa situação dessas.

Barbara demonstrara uma fragilidade em meio a sua luta interna.

-- Eu sei que a situação não é fácil. Mas pode desistir se quiser. Ninguém pode te forçar a isso. Eu sei que prometeu ao pai do seu noivo que se casaria com ele, mas só você sabe até onde pode aguentar. Se eu fosse você, desistiria agora mesmo.

Suiane tentava consolar Barbara. .

Barbara bem que queria pôde tomar essa decisão e não se casar com o arrogante Henrique Mancini, mas ela sabia que não era apenas uma promessa, era o sonho de um pai que estava perto da morte.

-- Suiane, existe um segredo que o seu Hermano Mancini me confidenciou . Eu não posso desistir agora. Eu vou suportar. Aquele homem terá que me ver todos os dias da vida dele e também a respeito das fofocas, mas cedo ou mais tarde a notícia do meu casamento com ele estará estampada em todos os lugares, então eu não vou deixar isso me abater.

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