Barbara sentiu uma pontada de desconforto e, com um rubor subindo pelas suas faces, murmurou para Henrique: — Preciso… preciso ir ao banheiro, -- revelou fracamente.
Henrique, solícito, imediatamente se levantou. — Eu te ajudo, meu amor. Por favor, não se esforce.
Um embaraço repentino tomou conta de Barbara. — Não, Henrique… eu consigo.
A hesitação dela e o leve tom de pânico em sua voz fizeram Henrique parar. Ele percebeu, num clique doloroso, a distância que ainda existia entre eles. Casados no papel, mas ainda estranhos na intimidade. Nunca haviam, de fato, compartilhado um momento verdadeiramente íntimo. A queda, o despertar confuso, tudo contribuía para essa barreira invisível.
Com um sorriso gentil, mas carregado de tristeza, Henrique recuou. — Tudo bem. Vou chamar a minha vovó Sandra. Ela pode te ajudar. Agora fique quietinha enquanto vou chama-la.
Barbara assentiu, sentindo grata pela sensibilidade do marido. Henrique saiu do quarto e encontrou sua avó Sandra e seu pai Herm