Confusões e Revelações
O sol daquela manhã parecia mais intenso do que o normal, iluminando cada detalhe da fazenda com um brilho quase exagerado.
O cheiro de terra molhada, resquício da tempestade da noite anterior, ainda pairava no ar.
Letícia espreguiçou-se, determinada a provar, para si mesma e para Henry que não era uma “princesa urbana perdida no mato”, como ele gostava de insinuar.
Vestiu calça jeans, camiseta simples e prendeu o cabelo num coque improvisado, deixando algumas mechas soltas que, inevitavelmente, insistiam em cair sobre seu rosto.
Quando saiu, encontrou Henry encostado no cercado, braços cruzados, expressão de quem já esperava por um espetáculo de trapalhadas.
— Está com cara de missão. Ele provocou, o canto da boca curvando-se num meio sorriso.
— Vai salvar o mundo ou só derrubar mais alguns baldes?
Ela ergueu o queixo, ignorando o rubor que subia pelo pescoço.
— Vou trabalhar.
—Diferente de certas pessoas que só sabem rir dos outros.
Henry riu