Irina
O som da porta se fechando ecoou pelo quarto, marcando a saída de Pietro. O silêncio que se seguiu parecia mais alto do que deveria, quase ensurdecedor. Eu fiquei ali, parada na sala, ainda processando a conversa que tínhamos tido durante o café da manhã.
"Ele quer que isso funcione."
As palavras dele se repetiam na minha mente como um eco persistente. Parte de mim queria acreditar que Pietro estava falando sério, que ele estava realmente tentando. Mas outra parte — uma parte mais cínica — sabia que confiar em Pietro Kuhn era um jogo perigoso. Ele sempre teve um talento para manipular, para dizer exatamente o que as pessoas queriam ouvir enquanto escondia suas verdadeiras intenções.
Suspirei, passando as mãos pelos cabelos antes de pegar o telefone. Eu precisava conversar com alguém que não fosse Pietro, alguém que pudesse trazer uma dose de realidade para essa confusão.
Rolei os contatos até encontrar o nome de Eva e liguei.
— Finalmente! Achei que você tinha decidido me ignora