Marco soltou um suspiro antes de continuar:
— Pois é. Eu tentei convencer ela a ficar. Mas ela estava decidida. Disse que ia atrás do marido, então acabei aceitando.
O rosto de Nate escureceu como tinta. Os olhos brilhavam de raiva. As veias saltavam em sua mão, que apertava o celular com força.
Logo em seguida, soltou uma risada seca, cheia de ironia.
— Engraçado... não sabia que ela tinha outro marido.
Marco ficou sem palavras.
— Como você pôde aceitar a demissão dela? Eu sou o responsável geral! Pedido de demissão tem que passar por mim! — Disparou Nate, furioso, jogando a culpa em cima do colega.
Mas, antes que pudesse continuar o discurso, uma voz infantil soou do outro lado da linha, cristalina e doce:
— Papai, com quem você tá falando? Não vai dormir?
Na mesma hora, Nate parou. Silêncio total.
— Já tô indo, filhão. Dorme, tá bom? — Respondeu Marco com um tom suave, enquanto ao fundo ainda se ouvia o som leve de tapinhas nas costas da criança.
Nate ficou paralisado.
Alguns segund