A porta da sala estava aberta. Todo mundo viu a cena, mas, apesar dos pensamentos evidentes, ninguém ousou comentar. O ambiente ficou em silêncio absoluto.
Nate estava com o rosto fechado. Não foi atrás de Selena. Apenas se jogou no sofá com força e, cansado, levou a mão à testa, massageando-a devagar.
Ele era o chefe do escritório. E Selena, sendo subordinada, ainda teve coragem de demonstrar descontentamento e misturar problemas pessoais com o trabalho. Era por isso que ele estava tão incomodado.
A colega que sempre me mandava fofocas comentou que Selena não tinha competência. Só sabia se apoiar nos contatos que tinha, querendo cortar caminho na carreira.
Chegou até a apostar: quanto tempo Nate ainda ia aguentar ela?
Não entrei na conversa. Só respondi com um emoji sorridente, só pra não parecer seca.
No fundo, eu já tinha passado por muitos momentos parecidos. Nate me repreendia com frequência. Mas eu sabia que era porque queria me ver crescer. Por isso, eu escutava, aprendia, mudav