O rosto de Nate estava sério. O olhar, frio como gelo, capaz de congelar qualquer esperança. E, com cada palavra cortante, respondeu:

— Eu não menti pra você. Me apaixonei por ela. E vou atrás dela.

Assim que terminou de falar, empurrou a mulher com força e saiu sem olhar pra trás.

Desliguei a câmera. Fiquei ali parada, meio atônita. Depois, dei uma risada sem som.

O amor tem dessas ironias.

Nunca imaginei... que, no fim das contas, quem não conseguia viver sem mim era ele.

Ele ia sair do país. Ele ia me procurar.

Quando estava comigo, nunca soube valorizar. Agora que fui embora, se arrepende.

Mas de que adianta?

...

Noruega.

De manhã, levei minha filha à escola, como de costume. Depois voltei pra casa, onde cultivo minhas flores e plantas.

Na verdade, eu precisava agradecer ao Nate por nunca ter sido mesquinho com dinheiro. Por causa disso, eu tinha o suficiente para viver tranquila, como se já estivesse aposentada.

Enquanto eu regava as flores, uma sombra alta apareceu à minha frente