Quando Doris atendeu ao telefone e ouviu a voz de um médico do hospital do outro lado da linha, seu coração quase parou. A notícia de que Hector estava internado e desacordado fez seu peito apertar como se o ar tivesse sumido. Sem pensar duas vezes, saiu de casa exatamente como estava, ainda com o avental por cima da roupa simples, e entrou no carro às pressas.
Com as mãos tremendo no volante, ela disca o número de Mark.
— Doris? Aconteceu alguma coisa? — Ele atende de imediato, com a voz tensa.
— Sim, Mark… aconteceu uma coisa horrível — responde, já com a voz chorosa. — Me ligaram do hospital… disseram que o Hector está internado.
— Internado?! Como assim? O que aconteceu com ele?
— Eu não sei! — ela diz, chorando. — Só disseram que ele está desacordado. Meu Deus, Mark… estou com tanto medo.
Do outro lado da linha, o silêncio de Mark dura apenas alguns segundos.
— Em que hospital ele está?
— No Central. Estou indo para lá agora.
— Eu também. Saindo neste instante. Nos encontramos lá