Bip… Bip… Bip…
O som ritmado de aparelhos preenche o quarto silencioso. O monitor cardíaco pisca em verde, constante, como se insistisse em lembrar que, apesar do estado crítico, Hector ainda está ali. Deitado na cama, ele permanece desacordado desde o desmaio na casa dos sogros.
Seu rosto está marcado por hematomas recentes, um deles, ainda fresco, denuncia o soco certeiro de Ethan. A lateral da cabeça enfaixada revela o sangramento da pancada sofrida ao cair no chão. Os fios de cabelo levemente úmidos grudam em sua testa e sua respiração, mesmo que regular, soa fragilizada.
Ao lado da cama, Rafaela permanece sentada, com os olhos fixos no rosto do genro. Ela segura sua mão, apertando-a de tempos em tempos, como se implorasse para que ele despertasse logo.
— A ambulância chegou rápido… mas parecia que cada segundo era uma eternidade — murmura ela, olhando para o marido, que está encostado na parede, de braços cruzados e expressão fechada.
Embora ainda tenso, Ethan evita o olhar da es