Pensando que Hector só podia estar fazendo algum tipo de brincadeira, Ava solta uma risada seca e se vira de costas, cruzando os braços.
— Pare com essa idiotice — diz, num tom entre o sarcasmo e o desconforto. — Não precisa brincar comigo desse jeito.
Sem entender de imediato, ele franze o cenho.
— Brincar?
— É claro — rebate, ainda de costas. — Eu te conheço. Você gosta de provocar, gosta de ver até onde consegue me tirar do sério. Mas isso… — faz um gesto vago com a mão — dizer que eu sou seu tipo ideal? Não força, Hector!
Ele dá dois passos até ficar mais próximo dela.
— Ava… — chama, com a voz mais baixa. — Eu não estou brincando.
Ela hesita, ainda sem encará-lo.
— Eu não sou inocente como a sua prima — enfatiza, com firmeza, tentando manter uma barreira entre o que sente e o que demonstra.
— Sei que não é — rebate Hector, sem hesitar. — E não quero que seja. Só quero que acredite em mim.
— Por que eu faria isso? — ela desafia, cruzando os braços, ainda sem encará-lo por completo