— Não estou entendendo nada do que está dizendo — Mark comenta, apoiando os cotovelos na mesa. — E quer saber? Também não quero me envolver. Mas, do fundo do meu coração, espero que você não faça nada daquilo que vai te deixar com peso na consciência depois.
Hector não responde de imediato. Apenas observa o movimento do restaurante, como se buscasse ali uma confirmação silenciosa das próprias intenções.
Minutos depois, os pratos são colocados sobre a mesa. Mark agradece ao garçom e, enquanto ajeita o guardanapo, volta ao assunto de antes, não resistindo à curiosidade.
— Agora, fala sério… o que você vai fazer em relação à Ava? — Mark pergunta, direto.
— Em relação a quê? — Hector desvia o olhar, fingindo desentendimento.
— Aos seus sentimentos, oras — insiste. — Você acabou de dizer que está gostando dela.
— Eu não vou fazer nada — ele responde, rápido, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
— Como assim, nada?
Cruzando os braços, encara o amigo com seriedade.
— Escuta,