— Mãe, se esqueceu do que combinamos? — Catarina virou o rosto para a mãe, visivelmente desconfortável.
— Sim, filha, mas a situação é diferente. Estamos falando da sua aliança de casamento.
— Eu não ligo para isso! — ela disparou, sem conseguir esconder a irritação.
— Mas o seu pai liga! — Andrea rebateu, curta e grossa, sem espaço para discussão. — Então apenas vá com o Henri. Tenho certeza de que irão ficar felizes com um momento a sós.
Naquele instante, Catarina sentiu vontade de gritar, de protestar, de implorar para não ser obrigada a viver aquilo. O nó em sua garganta parecia sufocá-la, mas, em vez de reagir, apenas voltou o rosto para a janela, encarando a paisagem que passava. Permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer ou como agir, como se estivesse aprisionada em um papel que nunca escolheu desempenhar.
— Vou esperar que escolham o vestido e depois eu roubo a Catarina da senhora, pode ser? — ele perguntou com bom humor, enquanto estacionava o veículo próximo à loja que A