Ao perceber que estava prestes a perder o controle de si mesmo, Henri respirou fundo e, num gesto rápido, puxou a louça das mãos de Catarina, virando-se em direção à pia. O som do prato tocando a superfície quebrou o silêncio que havia se instalado entre eles.
Catarina recuou um passo, surpresa com a mudança repentina. O coração ainda batia acelerado, e ela sentia o calor no rosto, como se o simples toque dele tivesse acendido algo que não deveria.
Ficou ali parada, observando-o de costas, lavando a louça, com movimentos quase tensos, como se aquilo fosse uma forma de conter o que realmente queria fazer.
Ela desviou o olhar, tentando se recompor, mas não conseguia afastar da mente o que tinha quase acontecido e a certeza de que, se ele não tivesse se afastado, talvez ela não tivesse encontrado forças para fazê-lo.
— Pode deixar que dou um jeito aqui — disse ele, evitando encará-la. — Pode ir descansar, aposto que está exausta.
Ela ficou alguns segundos parada, olhando para as costas d