Enquanto mastigava lentamente à mesa, Oliver não conseguia deixar de reparar no silêncio que pairava no ambiente. O barulho dos talheres batendo nos pratos era a única trilha sonora daquele almoço e isso o incomodava profundamente. Seus olhos alternavam entre os filhos, principalmente os gêmeos, que não haviam trocado uma única palavra desde que chegaram da rua.
— Mas o que diabos está acontecendo? — questionou, com um tom mais ríspido do que gostaria, largando os talheres no prato com tanta força que o barulho metálico ecoou pela sala. Aurora se sobressaltou, tossindo de leve ao engasgar-se com um pedaço de carne.
— Me perdoe, querida — disse Oliver, levando a mão ao braço dela, com expressão aflita. — Eu não queria te assustar.
— Está tudo bem, amor — ela respondeu, esforçando-se para sorrir enquanto bebia um gole de suco. — Só me pegou de surpresa.
Oliver assentiu e voltou o olhar para os filhos, agora mais firme.
— É que os meninos estão tão quietos que estou começando a me preocu