O veículo mergulhou num silêncio. Apenas o som da respiração descompassada de Eloá preencheu o espaço abafado.
— Filha? — Denise quebrou o silêncio com cautela, um pouco hesitante, seus lábios ainda entreabertos revelavam a surpresa que sentia. — A gente estava só brincando.
Sem conseguir encarar ninguém, Eloá manteve o olhar fixo na estrada.
— Só… parem, por favor — pediu, agora com a voz mais baixa, quase sussurrando. — Eu só quero chegar logo no aeroporto.
Saulo assentiu, encarando o retrovisor com uma expressão mais séria. Na cabeça dele, tudo aquilo era apenas resultado do estresse da viagem e da despedida iminente.
— Tudo bem, querida, já estamos quase chegando — disse, tentando soar tranquilo.
Ele retomou a direção e o carro voltou a seguir em frente.
Nenhum outro som se ouviu além do ronco do motor. O silêncio voltou, agora ainda mais pesado. Enquanto Eloá fechou os olhos por alguns segundos, como se quisesse desaparecer ali mesmo.
No banco de trás, Elisa continuava observando