Já deitada na cama, Catarina sentia o peso no corpo após o longo dia de trabalho. Pegou o celular, ajustou o alarme para o dia seguinte e, por impulso, abriu o WhatsApp. Nenhuma mensagem de Henri.
O silêncio dele a incomodava de um jeito perturbador. Queria saber o que se passava na cabeça dele nas vésperas do casamento. Será que ele também planejava algo? Ou simplesmente não se importava?
O coração apertou diante da tela vazia, e por um instante, ela pensou em escrever algo — mas desistiu. Já tinha se humilhado o bastante.
Quando já sentia o corpo se entregar ao cansaço do sono, ouviu uma leve batida na porta.
— Entra — disse sem muito ânimo, temendo que fosse o pai com mais um sermão.
Mas, para sua surpresa, quem apareceu foi a mãe, segurando um copo de leite e um pedaço de bolo de chocolate num prato.
— Filha, eu sei que você não está com fome, mas precisa comer alguma coisa — disse Andrea, entrando devagar.
Catarina se sentou na cama, apoiando as costas na cabeceira.
— Eu até quer