Quando acordou pela manhã, Eloá, ainda de olhos fechados, passou a mão pelo outro lado do colchão, buscando o calor de Gael para se aninhar contra ele. Mas seus dedos tocaram apenas o lençol frio e vazio. Um aperto tomou conta de seu peito, ela abriu os olhos, virando-se para ter certeza. Ele não estava lá.
Sentou-se na cama num sobressalto, com o coração disparado. Confusa, correu os olhos pelo quarto silencioso e, sem pensar, levantou-se. Caminhou pelos cômodos, chamando o nome dele em um sussurro quase trêmulo, mas não obteve resposta. A cada passo, a esperança se esvaía.
— Ele… foi embora? — murmurou, sentindo a garganta arranhar.
Na varanda, o brilho do sol já tomava conta do horizonte. O dia havia começado, e ele não estava mais ali.
— Ele foi embora… — repetiu, e dessa vez a voz se quebrou.
Voltando para dentro, sentiu as pernas pesarem. Encostou-se à parede da sala e deixou-se deslizar até o chão. Os olhos marejados já não conseguiam conter as lágrimas que escapavam sem co