Após sair do apartamento de Eloá, Gael caminhou sem rumo, como se cada passo fosse guiado apenas pela necessidade de não se afastar dela. Não queria voltar para Nova Iorque, onde estava hospedado, tampouco tinha ânimo para procurar um hotel naquela cidade. Sentia que se afastar seria como desistir, e desistir não era uma opção.
Acabou encontrando um banco solitário em uma pequena praça. Sentou-se, deixando o corpo pesar, e passou as mãos pelo rosto, apoiando os cotovelos nos joelhos. A ideia de que Eloá poderia não o perdoar lhe atravessava como uma lâmina invisível.
— Não posso perdê-la… não agora… — murmurou.
Pensar nessa possibilidade o apavorava, ainda mais quando percebia que, apesar de tudo, começavam a reencontrar um fio de entendimento, uma chance de recomeço. O medo e a incerteza o deixavam paralisado, e lágrimas teimavam em se formar. Tudo o que queria era estar com ela, cuidar dela, construir algo verdadeiro… mas já não sabia se ela ainda o queria.
— Por favor, meu Deus… nã