Ao ver a filha saindo pela porta, Denise tentou alcançá-la, mas o marido a segurou pelo braço.
— Deixe-a, daqui a pouco ela vai perceber o que acabou de fazer e volta sozinha.
— Eu não acredito que você disse aquelas coisas absurdas para a nossa filha, Saulo! — exclamou Denise, com os olhos cheios de reprovação.
— E o que queria que eu dissesse? Não viu o quanto ela estava rebelde? — retrucou ele, com o rosto tenso.
— Rebelde? Você a insultou e ainda acha que tem o direito de se sentir ofendido? — Ela rebateu.
— Por acaso está do lado dela, morena? — ele provocou.
— Não estou do lado de ninguém. Mas o que não vou tolerar é que minha filha saia de casa agora, sem rumo algum.
— Se você for atrás dela, só vai dar a impressão de que ela pode falar o que quiser comigo.
— E se ela for, você vai achar que está no direito de gritar com ela! Saulo, pelo amor de Deus, que tipo de pai você se tornou? Vai mesmo deixar que sua filha, grávida, saia de casa brigada com você?
— Eu só quero que ela en