No escritório, Henri passava os olhos por um papel e outro, tentando se concentrar no trabalho. Mas, por mais que se esforçasse, aquele lugar já não lhe parecia o mesmo. Sentia-se deslocado, como se algo essencial tivesse ficado para trás.
E tudo piorou quando a nova assistente chegou. Era uma mulher de trinta e poucos anos, competente, organizada, eficiente em tudo o que fazia. Ainda assim, ele sentia que ela jamais seria capaz de preencher aquele espaço, o mesmo espaço que, por pura ignorância e orgulho, ele havia tirado de Catarina.
Não passava um único dia sem pensar nela.
Mesmo após tantas tentativas de aproximação, Catarina continuava evitando qualquer contato, mostrando-se firme em sua decisão de mantê-lo distante.
Quando soube que ela havia recebido alta e retornado à vila, ele reuniu coragem e mandou flores, junto a um cartão simples, desejando boas-vindas e uma boa recuperação.
Mas, dias depois, ao passar em frente à casa dela, algo dentro dele se partiu. As flores estavam