Sem acreditar no que ouviu, ela caiu na risada, balançando a cabeça.
— Você está mesmo achando que eu iria te convidar para dormir no dormitório feminino?
— Ué, qual o problema? Somos amigos — rebateu, mantendo a expressão mais séria do que devia.
— Eu tenho uma colega de quarto, sabia?
— Sei, mas não me importo — respondeu, arqueando as sobrancelhas, provocador.
— Está mesmo falando sério?
Ela o encarava com desconfiança, e foi só então que ele não resistiu e abriu um sorriso.
— Estou brincando — riu. — Vou procurar algum hotel para passar a noite. Meu voo é amanhã às dez.
Eloá puxou o celular do bolso e olhou as horas. Quase meia-noite. O campus estava silencioso e ela sabia que Gael não conhecia a cidade. E o pior: estava a pé.
Mordendo o lábio inferior, ficou pensativa, até que seus olhos brilharam com uma ideia.
— Acho que sei de algo melhor — disse, sorrindo de canto.
— O quê?
— Me espera aqui um minutinho — pediu, já começando a caminhar em direção ao dormitório.
— Eloá? O que