— Eu não acredito que fizemos isso… — disse Gael, enquanto dirigia pela estrada pouco iluminada, sem rumo certo.
— Eu… eu não consegui — murmurou Eloá, com os olhos marejados, tentando segurar o choro, mas falhando.
Gael encostou o carro no acostamento, desligando o motor. O silêncio da noite parecia amplificar cada batida do coração deles.
— Shhh… — sussurrou ele, virando-se levemente para ela. — Está tudo bem. Você ficou nervosa. É natural. Eu… eu entendo.
Inclinando a cabeça contra o ombro dele, Eloá sentiu o calor de seu corpo e a segurança que emanava.
— Mas e agora? — murmurou, quase sem voz.
— Agora — disse Gael, passando a mão suavemente pelo cabelo dela —, você só precisa se acalmar e saber que não há nada a temer. Estou aqui e não vou a lugar algum.
Ele se inclinou, envolvendo-a em um abraço, como se quisesse proteger cada parte dela. Eloá deixou escapar um suspiro, sentindo o peso do nervosismo se dissipar aos poucos.
Gael inclinou a cabeça, pousando um beijo leve na testa