Analu
Eu não conseguia respirar direito. O segundo beijo na boate, com o Cayo me puxando pela cintura, os lábios dele descendo pro meu pescoço, a mão dele apertando minha bunda com aquela pegada de malandro... foi demais. Demais pra mim, demais pro meu mundo certinho, demais pra tudo que eu fui ensinada a ser. Meu corpo ainda tremia, mesmo depois de me afastar dele na pista de dança, com o coração batendo tão forte que parecia que ia explodir. Eu voltei pras meninas, tentando fingir que tava tudo bem, que eu era a mesma Analu de sempre, mas por dentro? Por dentro, eu tava em pedaços. Ele tinha me desmontado com aquele beijo, com aquele toque, com aquele jeito de quem sabe exatamente o que quer.
— Analu, que beijo foi aquele? — perguntou a Mari, com um sorrisinho malicioso, enquanto a gente voltava pra nossa mesa.
Ela tava com uma taça de champanhe na mão, o cabelo meio bagunçado de tanto dançar.
— Você e o motoqueiro? Meu Deus, parecia que tavam prestes a pegar fogo na pista!
Eu for