POV Aurora
Sofia ainda segurava a minha mão, mas parecia perdida nos seus próprios pensamentos. Ela respirou fundo e me olhou nos olhos, soltando um pequeno sorriso.— Eu lamento muito pelo papai, lamento pela casa… lamento por dar trabalho — disse, com a voz um pouco embargada.Eu me preocupei; ela não podia se exaltar.— Sofia, ei… não chora, tá tudo bem.— Eu não estou chorando, não te preocupes. Mas, mana, eu não sou tão frágil assim. Você pode me contar as coisas, sabe, né? — disse, e eu não estava entendendo aonde ela queria chegar. — Além disso, você não sabe mentir… e eu não sou idiota.— Sofy, do que você está falando?Ela respirou fundo de novo.— Eu sei do que a minha irmã é capaz. Eu sei que você faria tudo para manter aqueles que ama seguros. Mas, maninha, eu também sei que, por mais que tenha encontrado um emprego, ele não pagaria este hospital. Quer saber por quê?Ela não me deu tempo de responder