Sebastian chegou na frente da casa da minha mãe pouco depois do horário combinado. O carro preto brilhava sob a luz fraca do poste da rua, e ele estava encostado na porta, com as mãos nos bolsos, de um jeito casual que parecia tão natural nele, mas que ainda assim me deixava com o coração acelerado. Respirei fundo antes de atravessar o portão de madeira da casa, tentando ignorar o frio na barriga que me tomava só de vê-lo ali.
— Pronta? — ele perguntou, com aquele sorriso contido, quase tímido, que raramente mostrava no ambiente de trabalho.
Assenti em silêncio e entrei no carro. Ele deu a volta para abrir a porta do passageiro para mim, um gesto pequeno, mas que me surpreendeu pela delicadeza. No caminho, a conversa começou hesitante, quase como se ambos tivessem medo de tocar nos assuntos que realmente importavam.
Sebastian sugeriu irmos a um restaurante na cidade vizinha, um lugar simples à beira-mar, conhecido por seus pratos de frutos do mar. Aceitei sem questionar; na ve