SEBASTIAN
Os dias têm andado lentos demais. Eu não sei se é a rotina que se arrasta ou se sou eu que me perco no meio do tempo, tentando juntar peças que não se encaixam mais. Fico atento a tudo, cada ruído fora do lugar, cada movimento estranho do lado de fora da mansão. O rosto oculto do homem de moto ainda volta à minha mente, e embora ninguém tenha provas de que esteja relacionado ao irmão do ex-namorado de Isadora, a ideia de que seja me consome. Eduardo deixou claro que aquele homem não é confiável, que pode ser perigoso. E eu não consigo aceitar que Isadora e Enrico estejam vulneráveis, mesmo cercados por seguranças.
A impotência me corrói. Minha memória falha não me permite lembrar o que já fiz para protegê-los, ou se fui firme o suficiente para manter pessoas assim afastadas. Tudo que me resta é reforçar a segurança e observar. Me sinto como alguém que perdeu a própria espada no meio da batalha, e agora só pode esperar.
Enquanto os dias passam, volto ao médico. Novos ex