O avião ganhou velocidade, e meu corpo respondeu com aquela velha rigidez que me acompanhava desde a primeira viagem de avião. Apertei o braço da poltrona com uma das mãos e, com a outra, continuei segurando a dele. Sebastian não disse nada, apenas entrelaçou os dedos nos meus e manteve o olhar sereno em mim, como se estivesse ancorando a minha turbulência com o silêncio dele.
Quando o jatinho finalmente estabilizou nas alturas, pude soltar o ar dos pulmões e relaxar um pouco. Ainda não era exatamente confortável, mas o pior já tinha passado.
— Ainda tensa? — ele perguntou, com um tom quase provocador.
— Um pouco… — confessei, apoiando a cabeça no encosto. — Mas é mais fácil quando você está por perto.
Ele virou levemente o rosto, seus olhos fixos nos meus por um instante longo demais para ser apenas casual.
— Você fica linda nervosa. — A voz dele era baixa, quase um sussurro entre a distância curta que nos separava. — Mas prefiro você calma… mais entregue.
Senti o estôm