Sebastian
Volto do almoço com meu pai com um nó preso no estômago.
Ao entrar no hall da empresa, vejo Isadora atravessar o espaço apressada. Ela não olha para mim, sequer hesita antes de abrir a porta do carro que já a espera. O motorista fecha atrás dela e, em segundos, o veículo desaparece na rua.
Meu primeiro pensamento é Enrico. O coração dispara, e antes mesmo de raciocinar, já estou com o celular na mão. Ligo para casa.
— Amália? — minha voz sai mais áspera do que eu gostaria.
— Sim, senhor. — a voz dela é calma, quase acolhedora.
— Está tudo bem com Enrico? Aconteceu alguma coisa? — pergunto, tentando controlar a ansiedade.
— Está tudo bem, senhor. Ele acabou de pegar no sono. Está seguro, no quarto dele. Não se preocupe.
Fecho os olhos por um instante, soltando o ar que parecia preso nos pulmões.
— Obrigado, Amália. — desligo logo em seguida.
Mas a tranquilidade não dura. Se não foi por Enrico, por que Isadora foi embora mais cedo? O que a fez sair assim