Isadora
Acordo com a claridade atravessando a cortina do quarto. O primeiro impulso é virar para o lado e encontrar Sebastian ainda dormindo, mas o espaço ao meu lado está vazio. O lençol já frio indica que ele saiu cedo, cedo demais. Sento na cama, confusa, tentando lembrar se ele havia comentado algo na noite anterior. Não disse nada.
Me levanto, caminho pelo corredor, chamo baixinho por ele. Desço as escadas com a estranha sensação de que algo não está no lugar. Na cozinha, encontro uma das funcionárias arrumando a mesa do café da manhã.
— O senhor Sebastian saiu cedo — ela diz, antes mesmo de eu perguntar.
Meu coração dá um salto desconfortável. Pego o celular imediatamente e ligo para ele. A chamada vai direto para a caixa postal. Tento de novo. Mais uma vez. Envio mensagens curtas, ansiosas, perguntando onde ele está, se está tudo bem. Nada. A tela do celular continua muda, fria.
O aperto no peito cresce, uma angústia que não consigo disfarçar. Saio da cozinha apres