No caminho de volta para casa, minha mente não descansa. As palavras de Eduardo ainda ecoam dentro de mim, como se tivessem sido plantadas ali para me perseguir. Ele falou o que Isadoea viveu com o ex-namorado, e as marcas que isso deixou nela. Explicou dores que eu não consigo associar a nada, mas que parecem gritar no silêncio dela. Uma sensação estranha me tomou, algo entre revolta e impotência, como se uma parte de mim soubesse exatamente do que ele falava, mas estivesse enterrada em algum lugar que não consigo alcançar.
E ainda teve a confissão. Eduardo se apaixonou por Isadora. Disse que ela não faz ideia disso, mas que foi um sentimento real, tão forte a ponto de termos brigado meses atrás. Não me lembro dessa briga, nem da tensão que ele descreveu, mas, ao mesmo tempo, há um incômodo que não me larga desde então. Como se algo dentro de mim estivesse tentando lembrar e me punindo por não conseguir.
Quando entro em casa, encontro Isa sentada no sofá, o laptop equilibrado n