Vitória Médici Lemos
Eu sempre o admirei de longe. Não que fosse difícil, bastava atravessar o campus para ouvir meia dúzia de suspiros discretos e outros tantos nada discretos quando Alejandro Lemos passava. Para todo mundo, ele parecia inalcançável e, para mim, especialmente. Podiam jurar que eu era segura, sociável, dona de si… mas, por dentro, eu me desmontava com uma facilidade humilhante. Não me achava bonita, muito menos irresistível. E, convenhamos, ser a caçula entre homens que chamavam atenção por onde passavam não ajudava em nada.
De um lado, meu irmão Nate: ruivo, olhos verdes, mandíbula marcada, corpo de revista. Argh. Até hoje me embrulha o estômago lembrar das coisas indecentes que eu ouvia pelos co