Na penumbra suave do estúdio reservado, o silêncio reinava como um sussurro prestes a ser rompido por acordes. As paredes eram revestidas de tecidos escuros, que abafavam qualquer som externo, criando uma bolha íntima onde o tempo parecia desacelerar. As luzes quentes, posicionadas com precisão, lançavam sombras tênues sobre o palco de madeira polida, criando um cenário quase onírico, meio teatro antigo, meio sonho noturno.
No centro do palco, Irina se preparava para mais uma apresentação, mas havia algo diferente naquela noite. Algo na atmosfera. No nome que piscava discretamente no canto da tela: O Corvo. O novo cliente, um homem gentil, educado, que não exigia, nem ordenava.
Ele estava online e ela recebeu uma mensagem que a fez sorrir:
“Dance como se ninguém estivesse te olhando.”
E era exatamente isso que ela faria.
Irina vestia uma peça que misturava sensualidade com elegância. Um body de renda preta com detalhes vinho, recortado nas laterais, com transparências sutis que insin