Natan pousou o celular virado pra baixo e pegou o guardanapo com força desnecessária, alisando-o como se quisesse arrancar a raiva com as pontas dos dedos.
Do outro lado do salão, um casal ria de algo compartilhado num celular. Natan olhou, e a visão o irritou ainda mais.
Era isso. Ela devia estar com outro.
A única explicação para tanta firmeza, pra esse tom de maturidade forçada, era que alguém novo tinha surgido na jogada.
E ela estava se achando superior por ter “seguido em frente”.
O prato chegou, mas o apetite não.
Ele passou os olhos pela tela mais uma vez, os dedos tamborilando ao lado do celular. Queria responder.
Queria despejar ironia, esfregar tudo o que ela tinha perdido. Mas não. Precisava de algo mais sutil. Mais calculado.
Engoliu a raiva com uma taça de vinho, respirou fundo e soltou um sorrisinho torto, forçado. O tipo de sorriso que precede um contra-ataque.
— Então tá, Francine. Vamos ver até onde vai esse “outro momento” seu...
Francine tinha o