O sorriso surgiu antes mesmo dela conseguir conter. Automático, bobo, sincero.
Malu, que já observava tudo de camarote, apontou a colher como se fosse um microfone:
— Pelo visto a fila andou, né?
Francine tentou disfarçar, mas a tentativa foi patética.
— Que fila, menina? Tá doida.
— Ah, claro. Você só sorri assim quando o crush manda “bom dia”. Se fosse notificação do banco, cê tava bufando. — Malu estreitou os olhos. — É o Dorian, né?
Francine não respondeu, mas a covinha na bochecha entregava tudo.
— Eu sabia. Desde aquele dia que você fez panqueca e deixou queimar porque tava rindo sozinha no celular. Desde ali eu sabia.
— Malu, não é nada demais.
— Uhum. Você só tá com o brilho no olho de quem não sente mais raiva ao ver cueca na pia.
Francine gargalhou e largou o celular na mesa.
— Você vai me zoar muito se eu disser que... gosto de conversar com ele?
— Só até a eternidade — respondeu Malu, levantando da cadeira com a xícara na mão. — Mas pode ficar tranq