O salão de Adrien era exatamente como ela lembrava: minimalista, branco e dourado, com cheiro de perfume caro e som ambiente francês.
Adrien a viu entrar e ergueu as sobrancelhas, teatral.
— Mon dieu, Francine Morais! — exclamou, colocando as mãos na cintura. — Você só me procura quando o mundo desaba, é impressionante. Eu devia cobrar por terapia, não por corte!
— E cobraria caro — ela respondeu, rindo. — Porque suas tesouras são mágicas.
— O que aconteceu com seus cabelos, ma chérie?
— Digamos que um idiota resolveu testar novas tendências de corte à força.
Adrien girou a cadeira dela, avaliando com olhos de artista.
— Hm... trauma a gente cura com estilo. Hoje você vai sair daqui uma mulher nova.
Francine apenas assentiu. Confiava nele mais do que em qualquer stylist do planeta.
Tesouras dançaram, fios caíram como seda, e pouco a pouco o corte revelou uma nova versão dela.
Quando terminou, girou a cadeira devagar.
Francine piscou.
O espelho refletia uma mulher diferente: o cabelo a