A porta se abriu com um estalo suave e, assim que Francine cruzou o limiar, um feixe de luz dos flashes dos fotógrafos explodiu contra seu rosto.
Ela piscou algumas vezes, a visão embaralhada, sentindo o calor das luzes e o burburinho dos convidados à frente.
Por instinto, parou no lugar, ainda se adaptando.
Lohan, ao lado dela, manteve a calma habitual. Ofereceu o braço com a mesma elegância com que alguém oferece uma dança.
Francine aceitou o gesto, apoiando a mão com delicadeza, e soltou uma risada breve, quase infantil:
— Acho que fiquei meio cega…
Ele inclinou o rosto para ela, um sorriso de canto surgindo nos lábios.
— Achei que você já estivesse acostumada com os flashes.
E então, baixou levemente a cabeça até a altura do ouvido dela, a voz soando baixa, aveludada, carregada daquela calma que parecia envolver tudo ao redor:
— …mas posso ser seu guia o tempo que precisar.
A proximidade fez com que Francine sentisse a respiração morna dele tocar de leve a pele do pesco