O carro em que Francine estava deslizou lentamente até a entrada do hotel histórico onde acontecia o baile.
As luzes douradas refletiam na lataria preta, criando um brilho quase líquido.
Francine, do banco de trás, observou a fachada imponente, colunas de mármore, janelas arqueadas, lustres que cintilavam atrás dos vitrais.
Por um instante, teve a sensação de ser pequena demais para aquele cenário.
Respirou fundo.
O motorista abriu a porta com um gesto cortês, e o barulho dos flashes estourando do lado de fora invadiu o interior do carro.
Francine passou a mão levemente na barra do vestido, sentindo o frio dos paetês sobre o tecido translúcido. A tensão que subia por sua espinha foi contida por uma lembrança que a fez sorrir discretamente:
“Calma, Francine… não é tão diferente de uma passarela.”
Ajeitou a postura, ergueu o queixo, e, com a serenidade que treinara por anos, saiu do carro.
O ar da noite estava morno, carregado de expectativa.
Assim que seus saltos dourados to