Francine não demorou a perceber onde poderia ser útil.
Uma modelo choramingava porque a barra do vestido havia descosturado; Juliette estava ocupada demais com o celular para notar.
Sem hesitar, Francine pegou uma caixa de costura esquecida em cima de uma mesa e se abaixou.
— Fica parada um segundo, querida — pediu com naturalidade.
Seus dedos ágeis seguraram a barra, alinhando o tecido com a precisão de quem já tinha feito isso muitas vezes.
Um ponto rápido, firme, e em menos de dois minutos a situação estava resolvida.
— Pronto, ninguém vai nem perceber.
A modelo suspirou aliviada.
— Merci…
— De rien — respondeu Francine, no mesmo tom, sem pensar.
A troca em francês não passou despercebida.
Um estilista que passava apressado parou no meio do caminho, olhando-a com surpresa.
— Vous parlez français?
Francine ergueu o olhar e sorriu.
— Oui, bien sûr.
Ele pareceu avaliá-la por um instante, antes de soltar um breve aceno, satisfeito, e seguir seu caminho