O mundo parecia respirar de forma diferente.
A cada passo, Miguel, Valéria, Mateo e Léo sentiam a pressão do véu ainda os tocar — como se a fronteira entre os mundos tivesse se tornado tênue demais. Elisa caminhava entre eles, calada, carregando em si o resquício de uma sombra que agora os observava de longe. O Enredador estava solto… e o tempo corria contra eles.
— O terceiro portador... como o encontraremos? — perguntou Valéria.
— Sentiremos — respondeu Miguel. — Ele deve estar acordando para o chamado agora, como nós um dia acordamos.
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A jornada os levou a uma pequena vila cercada por montanhas. Um lugar esquecido pelos mapas modernos. Havia uma energia estranha ali, como se o tempo oscilasse, acelerando e desacelerando em intervalos estranhos. Os moradores falavam em sussurros sobre um “menino estranho” que sonhava com coisas que não existiam, e acordava com marcas nas mãos.
Seu nome era Arthur.
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Encontraram-no em uma estufa abandonada, cercado de plantas que cresciam em direçõe