O mundo parecia desmoronar por dentro antes que qualquer pedra caísse do lado de fora. Miguel sentia o peso do véu pulsando dentro de si. As palavras da figura encapuzada ecoavam como marteladas em seus ossos. Aquela não era uma simples aparição, mas uma memória viva, moldada em carne e escuridão.
O grupo ainda se recuperava dos últimos confrontos. Léo havia ficado em silêncio desde o ataque das criaturas aladas. Suas mãos ainda tremiam, mesmo com a luz que o envolvia. Valéria mantinha os olhos fixos no horizonte sombrio, como se esperasse ver algo, alguém — talvez a si mesma.
Mateo foi o primeiro a quebrar o silêncio.
— Não estamos apenas sendo testados — disse, sua voz firme —, estamos sendo moldados.
Miguel assentiu. — A presença do Rei está ficando mais forte. Ele está nos observando… talvez nos conduzindo.
Elisa, a Fratura, sentia tudo de forma diferente. Como se o véu cantasse para ela, uma canção feita de dor e esperança.
— Ele não nos quer mortos — sussurrou. — Ele quer que se