O silêncio era quase absoluto na casa onde Miguel e seus aliados haviam se reunido após os últimos confrontos. O ar ainda estava impregnado com a energia densa das últimas revelações. As cinzas dos dias anteriores pareciam ter deixado cicatrizes em todos, mesmo que não fossem visíveis. Miguel observava a cidade pela janela, onde os prédios tremeluziam sob uma lua opaca. Era como se o mundo estivesse segurando a respiração, aguardando o próximo passo.
Valéria estava sentada ao lado de um mapa antigo que haviam recuperado na torre esquecida. Seus dedos percorriam lentamente as rotas riscadas com tinta escura. – Isso aqui... – murmurou ela – não é um mapa comum. Não apenas representa caminhos, mas também eventos.
Léo, com o semblante mais carregado do que o habitual, se inclinou para observar. – Como assim?
– Veja essas marcas – ela apontou. – Aparecem em pontos onde houve rupturas do véu. Como se este mapa fosse um reflexo das feridas entre os mundos.
Mateo, com a voz rouca de tanto sil