O mundo os recebeu com silêncio.
Miguel, Valéria, Léo, Mateo e Elisa emergiram do portal no mesmo orfanato — ou pelo menos, naquilo que restava dele. O céu estava mais escuro que o normal, como se o tempo tivesse passado de forma errada. Grietas negras riscavam o chão como cicatrizes vivas.
— Estamos de volta? — murmurou Valéria, olhando ao redor.
— Em parte — respondeu Léo. — Algo... mudou.
Mateo sentiu primeiro. Uma vibração tênue no peito, como se algo estivesse tocando sua alma por dentro.
— Miguel... não estamos sozinhos.
Do alto das árvores mortas ao redor do terreno, figuras os observavam. Sombras vestidas de carne, com olhos costurados e bocas que sussurravam sem parar. Pareciam cultistas — mas seus corpos denunciavam deformações que iam além do humano.
Elisa recuou um passo. — Eles sentem a mudança em mim.
Do grupo de figuras, uma avançou. Sua pele era translúcida, os ossos expostos sob uma película de dor.
— A Fusão... desequilibrou os selos antigos. A Marca do Abismo desper