O salão do clube social de Boston brilhava sob o dourado dos lustres de cristal, e a atmosfera estava carregada de risos e conversas animadas. Entre taças de champanhe espumante e vestidos de seda que dançavam sob a luz, Margaret Dickson era o epicentro do agito — mais uma vez ela tinha conseguido ser o centro das atenções.
Seu sorriso era radiante, exalando uma confiança quase contagiante, enquanto ela gesticulava dramaticamente, envolvendo os convidados com sua conversa que os fazia rir e se sentir incluídos, como se a dor e o luto jamais tivessem se atrevido a tocar sua vida.
Contudo, a poucos metros de distância, sua irmã mais velha, Elizabeth Carrington, observava em silêncio, balançando a cabeça em desaprovação, imersa em uma mistura de preocupação e tristeza. Ao seu lado, uma amiga, seu rosto refletindo perplexidade, comentou em voz baixa:
— É difícil acreditar que ela perdeu o único filho há tão pouco tempo. Parece… feliz demais, não acha?