O céu amanheceu com um tom de azul que parecia ter sido pintado sob medida. Era como se até a natureza soubesse: aquele dia seria diferente de todos os outros. O dia em que Camila e Gabriel uniriam suas vidas, diante daqueles que amavam, e diante de tudo o que superaram juntos.
A casa onde viveriam dali em diante já os aguardava. O jardim estava florido, as paredes preenchidas de promessas e amor. Mas, antes disso, havia um momento para ser vivido com plenitude. O mais simbólico de todos: o casamento.
A cerimônia seria ao ar livre, em um espaço cercado por árvores antigas, com um pequeno lago ao fundo e flores delicadas espalhadas por cada canto. Lavandas e lírios — escolhidos por Gabriel — enfeitavam os caminhos e os arcos. A paleta era suave, em tons de azul, branco e lavanda. Tudo tinha a essência deles.
Pela manhã, Camila acordou na casa dos pais. Dona Regina preparava calmamente o café, tentando conter as lágrimas, enquanto seu Antônio mantinha-se sério, embora os olhos dissessem