O som das sirenes ainda ecoava na mente de Camila enquanto a ambulância cortava as ruas de São Paulo. Ela segurava a mão de Gabriel com todas as forças, sentindo a pele dele fria, o olhar apagado, mas ainda ali, lutando. Cada batida do coração de Camila parecia acompanhar o barulho apavorante das sirenes. O sangue na camisa dele não saía da mente dela. As palavras de Daniel, gritadas no evento, martelavam como uma sentença: “Era pra ela morrer! Ela destruiu tudo!”
Camila chorava, mas não conseguia sequer se limpar. Não queria soltar Gabriel por nada. Ele havia se jogado para salvá-la. Ele tinha colocado a própria vida à frente da dela. E agora estava ali, entre a vida e a morte, porque um homem perturbado não suportou vê-la feliz.
Quando a ambulância chegou ao hospital, os paramédicos correram. Camila foi arrastada para fora por Clara e Bruna, que haviam seguido o veículo junto de Caio e Lucca. Os pais de Gabriel chegaram logo depois, desesperados. Os pais de Camila estavam em choqu