O céu da cidade começava a escurecer lentamente, tingido por tons dourados e alaranjados. A pousada simples, com suas luzes baixas e decoração rústica, parecia um lugar perdido no tempo. Lucca parou o carro em frente ao portão de madeira, desceu com passos firmes e respirou fundo antes de seguir até a recepção.
— Boa noite, estou procurando por Mariana Nogueira — disse, cordialmente, ao recepcionista.
— Quarto 4. Segunda porta à esquerda no corredor de cima — respondeu o rapaz, sem levantar os olhos do computador.
Lucca subiu as escadas de madeira lentamente, os degraus rangendo sob seus pés. Quando parou diante da porta, hesitou por um segundo. Bateu duas vezes.
— Quem é? — a voz de Mariana veio abafada lá de dentro.
— Lucca. Podemos conversar?
O silêncio do outro lado durou longos segundos, até que a maçaneta girou e ela abriu a porta com expressão cética.
— Que surpresa... pensei que tivesse me abandonado nesse buraco.
— Só vim ver se você está bem — respondeu ele, controlando o to