A noite já havia se instalado quando Lucca estacionou o carro em frente à casa de campo. As luzes internas se espalhavam pelas janelas como faróis de aconchego, mas ele não sentia isso ao atravessar o caminho de pedras que levava até a varanda.

Ao abrir a porta, encontrou o grupo reunido na sala. Clara, sentada com as pernas cruzadas no sofá, parecia inquieta. Bruna e Camila estavam lado a lado, atentas à conversa de Gabriel e Caio sobre segurança digital. O clima era de tensão controlada — a presença de Mariana ainda pairava no ar, como uma sombra.

— Finalmente — disse Clara, se levantando. — Você demorou. Como foi?

Lucca tirou o casaco e o pendurou no encosto de uma cadeira, soltando um suspiro cansado.

— Ela está na pousada. Está hospedada num quarto simples, mas confortável. Não foi fácil convencê-la a sair daqui, mas consegui.

— E ela contou como descobriu onde estávamos? — perguntou Bruna, cruzando os braços.

— Não. Evitou a pergunta. Só soltou umas frases vagas, tipo “a vida me