[Camila]
A noite chegou com um calor que não vinha do clima.
Era outro tipo de calor.
O tipo que nasce quando o corpo já sabe o que o coração ainda teme confessar.
Gabriel me olhou como quem pedia permissão e, ao mesmo tempo, como quem já tinha sido aceito.
Sem dizer palavra, ele me puxou para perto.
Nossos lábios se encontraram com urgência, com fome, com saudade de uma intimidade que só existia entre nós dois.
A roupa caiu aos poucos.
Entre carícias e olhares silenciosos.
As mãos dele passeavam pela minha pele como se me mapeassem. Como se ele quisesse memorizar cada traço, cada curva, cada arrepio.
Na cama, não havia pudor.
Apenas entrega.
Hora ele me tomava com intensidade, me fazendo gritar sem medo.
Hora me olhava nos olhos, sussurrando juras que me deixavam completamente vulnerável.
— Eu te quero em todas as formas possíveis — ele disse, enquanto seus lábios passeavam pelo meu pescoço. — Não só agora… sempre.
Meu corpo o recebeu sem reservas, e juntos, entre beijos e movimentos