Ava Narrando

Assim que subi pro quarto, fechei a porta e encostei na madeira por um instante, respirando fundo. Eu não queria sair. Não queria aquele jantar, não queria mais nada além de ficar em paz no meu canto. Mas era impossível ir contra ele. Além de tudo, eu não podia dar motivo pra ele achar que sou ingrata depois de tudo que fez hoje. Então, resolvi me arrumar.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido. A água morna caiu no meu corpo, e eu deixei o cansaço escorrer junto com a espuma do sabonete. Mas não molhei os cabelos. Já lavei e hidratei no salão, amarrei em um rabo de cavalo alto, bem preso, deixando o rosto livre. Olhei no espelho do banheiro e suspirei. Vamos lá, Ava, mais uma vez.

Passei um hidratante com um cheirinho leve, nada muito doce, só pra deixar a pele macia. Depois, borrifei um pouco do meu perfume preferido no pescoço e nos pulsos. Nada exagerado, só o suficiente pra me sentir um pouco melhor comigo mesma.

Sentei na frente da penteadeira e fiz uma maquiag