Ela ficou ali, me olhando como se ainda tentasse decidir se me perdoava, ou se me odiava.
Mas a verdade é que, quando se tratava de nós dois, as duas coisas sempre vinham juntas.
Dei um passo à frente.
Depois outro.
E quando ela não recuou, soube que o jogo estava decidido antes mesmo de começar.
— Eliza… — murmurei, quase num pedido.
Ela respirou fundo, e o som da respiração dela se misturou à minha.
As palavras morreram ali, entre nós.
E então ela me beijou — ou talvez eu tenha beijado ela primeiro. Já não importava.
O gosto era o mesmo de sempre: doce, preciso, perigoso.
Um beijo firme, intenso, daqueles que não pedem permissão e nem desculpas depois.
Segurei a nuca dela, sentindo o cabelo escorrer pelos meus dedos, e por um instante o mundo todo pareceu finalmente fazer sentido.
Ela afastou-se só o suficiente pra recuperar o ar, os olhos brilhando de um jeito que me desmontou por dentro.
— Não quero discutir mais, Nathan.
— Nem eu. — respondi, a voz rouca. — Só quero