Capítulo 101

Ela ficou ali, me olhando como se ainda tentasse decidir se me perdoava, ou se me odiava.

Mas a verdade é que, quando se tratava de nós dois, as duas coisas sempre vinham juntas.

Dei um passo à frente.

Depois outro.

E quando ela não recuou, soube que o jogo estava decidido antes mesmo de começar.

— Eliza… — murmurei, quase num pedido.

Ela respirou fundo, e o som da respiração dela se misturou à minha.

As palavras morreram ali, entre nós.

E então ela me beijou — ou talvez eu tenha beijado ela primeiro. Já não importava.

O gosto era o mesmo de sempre: doce, preciso, perigoso.

Um beijo firme, intenso, daqueles que não pedem permissão e nem desculpas depois.

Segurei a nuca dela, sentindo o cabelo escorrer pelos meus dedos, e por um instante o mundo todo pareceu finalmente fazer sentido.

Ela afastou-se só o suficiente pra recuperar o ar, os olhos brilhando de um jeito que me desmontou por dentro.

— Não quero discutir mais, Nathan.

— Nem eu. — respondi, a voz rouca. — Só quero
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